LIVRO GENTILMENTE CEDIDO POR IN-FINITA
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Tropeçamos, como embriagados, os dois
com os pés ainda a esgueirarem-se das calças
arrancadas sem cuidado nem tempo a perder,
que o amor é precioso e está pela hora da morte.
Sacudimos as pernas no meio dum beijo sôfrego,
Do agarrar dos contornos que se confundem nos meus,
Junto à cama de lençóis ainda por amarrotar, imaculados,
Sem pressa, à espera, bem pode esperar vazia a cama.
Talvez nessa hora sem data nem hora marcada
No arrear sem fôlego dos corpos, dos ossos cansados.
Talvez daqui por uma hora, talvez duas,
Talvez menos, sem planos, assim de improviso
Atiremos os costados lançados sobre a cama vazia
no desfilar inocente da carne a arder,
vindos sem nem saber de onde, sem pressa
se da sala sobre a mesa desarrumada,
se dum banho apressado a dois, molhados,
se da máquina de lavar ainda a trabalhar,
quem sabe até do chão, num trapézio sem rede,
sem roupas, nem cobertas… sem um pingo de pudor,
numa cama vazia ainda por saciar.
EM - EROTISMO E SENSUALIDADE - COLECTÂNEA - IN-FINITA
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