LIVRO GENTILMENTE CEDIDO POR IN-FINITA
Conheçam a In-Finita neste link
Foi um estrondo.
Um som demasiado alto, propagando decibéis de confusão,
medo e curiosidade.
Tudo mudou. Não foram as minhas minúsculas mãos que desafiaram
o barulho intenso que ecoou dentro de mim e não conseguiram sequer
amenizar o estrago prometido.
E tudo estremeceu para sempre.
Ecoaram zumbidos ou lá o que foi, mas também ninguém quis saber.
Fui eu, e eu só, atingida por este trepidar constante em sentimentos
mistos, por este desassossego sonoro, por este ruído letal que, quanto
mais silencioso, mais me fere, mais me magoa e tortura.
Não existem tampões que façam calar este tom ultrassónico que me
acossa o coração, nem lugar onde possa esconder a cabeça, procurando
o silêncio duradouro do esquecimento.
Lateja ainda fortemente esse som que me arrepia a pele e causa
uma agitação húmida na profundidade mais subtil de quem sou.
Não fui preparada para esta zoada ininterrupta, para esta arritmia
constante ou para estas palpitações agitadas que pulsam ruidosamente
dentro de mim.
Cala-te, por favor!
EM - AMANTES DA POESIA E DAS ARTES - COLETÂNEA - IN-FINITA
Sem comentários:
Enviar um comentário