terça-feira, 14 de fevereiro de 2023

Réquiem - LUIZ EDUARDO DE CARVALHO

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O canto vinha do fundo escuro da cela.
Era triste choro de uma voz muito bela,
era da condenada a prece que ecoava
e como era triste aquele hino que entoava.

Um canto bonito na calada da noite,
um canto superlativo a falar de adeus
a traduzir o ativo sentido do açoite
que apenas sente aquele que parte sem Deus.

Sem fé e fustigada pela longa espera,
vê a anunciada aurora demorar-se deveras;
em canto, reza encanto para o perdão seu.

A noite rendeu-se ao lamento pelo dia,
o demorado astro, enfim, amanheceu.
Viu a ré que lá havia um sol com dó de si.

EM - CONEXÕES ATLÂNTICAS VII - COLECTÂNEA - IN-FINITA

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