terça-feira, 15 de março de 2022

Pátria amada, gentil! - LUANA SCHRADER

LIVRO GENTILMENTE CEDIDO POR IN-FINITA
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Olha que coisa mais linda, mais cheia de graça, é ela,
menina que vem e que passa; poetiza Jobim em uma ode
à ela. Ela, a pátria amada em tons de aquarela ou a mulher
mais bela das curvas de Copacabana, banhada pelo sol
dourado de Ipanema?
O Cristo do alto abre os braços, abraça o asfalto e a favela;
brasilidade pulsando como samba na pele de ébano ao ser
banhada pelos raios fúlgidos do sol da liberdade.
Povo alegre, país de histórias; atolado em glórias e prosas
contraditórias.
Ah, meu Brasil brasileiro!
Do chimarrão ao frevo; do pão de queijo ao cuscuz
servido aos finais de semana, regado a cerveja, calor
e risonhos filhos da mãe gentil.
Samba, carnaval, futebol; brasileiro vai voando,
contornando a imensa curva norte-sul; caindo como
um pinguinho de tinta cai num pedacinho azul do papel
e sorrindo vai superando as dificuldades e calamidades.
Povo aquarela que exala positividade.
Verbo transitivo paradoxal –
Resist|ir|, insist|ir|
Desist|ir|
|ir|
— Não, espera, passa a borracha!
Troca a página, aponta o lápis
Não sou de apenas assistir a vida.
Fecha o livro,
Começa outro
Novo
De novo
Escreve aí:
“Não sou de desistir, sou de insistir”
Sabe aquele ditado?
Aquele lá
Que te contei no riacho:
“Água mole, pedra dura
Tanto bate, até que fura.”
Significa para persistir, não é?
Enfim, sou de recomeços,
Independente dos tropeços.
Agora, se me dá licença,
Páginas em branco aguardam,
A vida me engolir.
Vou fluir
|ir|.

EM - ECOS BRASIL - COLECTÂNEA - IN-FINITA 

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