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Você me acha feia, idiota e ultrapassada
Mas, eu sei pensar
Estou pensando...
Você me acha chata, triste e conformada
Mas, eu sei dançar
Estou dançando...
Você me acha sem graça, sem criatividade e sem desejo
Mas, eu sou um corpo
Estou atuando...
Máquina, guerra, dispositivo, justiça, paz, gatilho da flor!
Sim, eu sou!
Eu sou!
Trabalho, pesquiso, crio gente e coisas
Humanos...
Hermanos gritam além da fronteira
E dos botes depois do Oceano Atlântico!
Leituras, pano passado no chão dizem do lugar
diferente, à frente
Heterotopias, energias, sistemas, poesia, ciência,
filosofia...
Vacuidades que cheguei lá.
Ou melhor, chegaram a mim.
Habitada por seres e pensamentos desconhecidos,
desconexos...
Advindos do plano baixo do pé
Não cabem em lugar nenhum...
Ainda chego lá!
Ah! Vou encontrar Alice depois do Buraco Negro
Aonde a maioria ainda não consegue pisar
É preciso atravessar pontes, cárceres, cercas,
espinhos cravados no pé, na garganta e no peito
Vomitar, vomitar, vomitar...
Você que sempre me vê na casa, tarefas, feiura,
recôncavos...
Não sabe que de lá fiz meu laboratório de criar tudo
Palavras e livros é o que mais me agrada
O que é da casa, enferruja e cai
O que é do pensamento, cria asas e voa.
Do meu microscópio enxergo suas costas
E também, as estrelas!
EM - MULHERIO DAS LETRAS PORTUGAL (POESIA) - COLECTÂNEA - IN-FINITA
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