LIVRO GENTILMENTE OFERECIDO POR IN-FINITA
Saibam mais do projecto Ecos do Nordeste neste link
Conheçam a IN-FINITA neste link
É por certo que toda ignorância
Não se resuma à cabeça de um só
E milhares de planos viram pó
Na pequenez da nossa militância.
Só a sede de poder e de ganância
É o ópio que nas ruas ainda corre
Boto fé de que no último porre
Tenha-se a cura pra ressaca, um unguento
A cultura como está, neste momento,
Na cidade, definha e logo morre.
Já por muito pedir, eu sou “queimado”
Por políticos, secretários e diretores
Mas é certo que nenhum desses “doutores”
Com a arte se mostre preocupado
Cada um só defende o seu lado
Que o resto se dane, que se torre,
Para o piso esburacado que se forre
Um tapete enganoso a cada evento
A cultura como está, neste momento,
Na cidade, definha e logo morre.
Minha luta é batalha que se estende
Pelos campos, cidades, até o cais
Meu inimigo é forte, mas incapaz
De admitir de que nada compreende
Que o recado, assim, como se entende
Desobstrua a fonte pra qu’ela jorre
Pois somente a arte é quem socorre
O analfabeto cultural no seu tormento
A cultura como está, neste momento,
Na cidade, definha e logo morre.
EM - ECOS DO NORDESTE - COLECTÂNEA - IN-FINITA
Sem comentários:
Enviar um comentário