LIVRO GENTILMENTE CEDIDO POR IN-FINITA
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Hoje não encontrei poesia naquelas borboletas brancas...
pareciam embriagadas nos seus voos dançantes, raspando um
mar de malmequeres de cores pintadas de amarelos, brancos e
lilases sem primaveras por perto.
Nem o silêncio das crianças brincando acordou o poema triste
do menino sorrindo com olhos de lágrimas secas no rosto, e
nas suas mãos frias um malmequer partido pelo meio.
No bico um pedacinho de palha seca, voava naquele ondular
de embalar, um rouxinol construtor de ninhos sob as nuvens
soltas formando corredores de loendros, soprados por ventos
de palavras ocas que diziam: – “desculpa... hoje não é dia de
poesia”
EM - A MINHA LARANJA ROMÃ - JOSÉ ALENTADO - IN-FINITA
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