sexta-feira, 14 de fevereiro de 2020

Minha mente, não mente - MARILDA DE ALMEIDA SOUZA

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Embora eu veja todos os dias o cinza do concreto
As pichações de dor e de protesto
As árvores sagradas cortadas, sangrando e chorando
A poluição do ar, os odores das mazelas

A destruição em doses maciças e homeopáticas também
Ainda assim, eu entro na minha mente e vejo
Borboletas contentes e cachoeiras cintilantes
Vejo bichos soltos a brincar

Crianças a pastorear com a pureza do menino Jesus
Percebo o sorriso da moça que vai casar
E o do pai que vai leva-la ao altar
Observo a mulher a pilotar um disco voador

Os homens a aplaudi-la em seu total esplendor
Eu creio e vejo tudo ao meu bel prazer
Afinal, a mente ainda é o único lugar
Que eles não podem tocar

Ela é livre e voa para onde bem entender

EM - ECOS DO NORDESTE - COLECTÂNEA - IN-FINITA

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