LIVRO GENTILMENTE CEDIDO POR IN-FINITA
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Sou um passo fatigado
Arrasto-me como alma penada
Olhar sem ver
Corpo inquieto
Grito para dentro... ficando calada.
Sou ave perdida
Num enorme deserto
O sonho de um dia
Que eu tentara perfeito
Ficou enterrado
Em areia escaldante
Enquanto à minha volta
Quanto mais construía
Mais em ruínas ficava desfeito.
Mais uma ilusão
Mais uma vida
Parece que Deus
Me fez ser esquecida
Que se apague então
O que não começou ainda
Porque morta não estou
Nem das cinzas renascida.
Dos instantes
Que eternos são
Morre a saudade
Poeira erguida... pó da eternidade
EM - ENTRE OS POEMAS... AS PALAVRAS - ISABEL BASTOS NUNES - IN-FINITA
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