LIVRO GENTILMENTE OFERECIDO PELA EDITORA
Eu
tive uma sereia no meu mar,
fazia-me
somente a companhia,
e
entre nós dois brotava a poesia,
como
sonho difícil de encontrar.
Ao
se esconder o sol, ela vogava
nadando,
devagar, para o poente,
mas
seu braço acenava, docemente,
enquanto,
pouco a pouco, se afastava.
E
no dia seguinte, junto à praia,
na
rima que cada onda me trazia,
eu
deixava ir nascendo a fantasia,
e
a esperava, entre rendas de cambraia.
Quando
chegava, em todo o seu fulgor,
dizia-me,
em meus braços, de mansinho,
eu
só te posso dar o meu carinho,
no
platonismo dum sincero amor.
EM - III CONCURSO LITERÁRIO - ANTOLOGIA - EDIÇÕES VIEIRA DA SILVA
Sem comentários:
Enviar um comentário