O
silêncio me chega de mansinho,
com
mil cuidados em não me acordar,
do
sonho que não sonho se sozinho,
sem
seu amor para compartilhar.
Porque
na alma me rói devagarinho,
de
leve para não me machucar,
a
falta que me fez do seu carinho,
lhe
ouvir, no telefone, me falar.
Nem
pergunto o porquê da abstinência,
sei
bem porque, não é uma impressão,
que
este amor, minha doce penitência,
na
margem dos setenta da existência,
me
desperta do sono o coração,
e exala arpejos de
concupiscência.EM - LIVRO DOS SONETOS, DOS PRIMEIROS AOS PENÚLTIMOS - JOSÉ LUIZ MELO - NOVO ESTILO EDIÇÕES DE AUTOR
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