LIVRO GENTILMENTE OFERECIDO PELO AUTOR
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Uma dor vazia me dilacera
Tira-me do prumo quando me mostra
paredões inexpugnáveis
Não consigo retirar o que quer que
seja de lugar algum
Quando o mal percorre minhas veias
como um fantasma que vem para o jantar.
Estou feito de nada quando assim me
encontro
Como um resto de comida fria no
final de um dia qualquer
Meus membros rijos estão prestes a
verter o que não mais resta de mim
Longe de minhas entranhas posso ver
um espectro que definha.
As horas consomem este meu espírito
atormentado
E sombras gigantescas me arrastam
para a inquietude de luzes que desmaiam
Abro portas e janelas como se
decididamente não mais fosse
Nem sequer um tanto
de algo derramado no chão hostil.EM - POEMAS ESCUROS - JOÃO AYRES - ARMAZÉM DE QUINQUILHARIAS E UTOPIAS
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