terça-feira, 3 de outubro de 2017

33 - JOÃO AYRES

LIVRO GENTILMENTE OFERECIDO PELO AUTOR
Saibam sobre o autor neste link

Uma dor vazia me dilacera
Tira-me do prumo quando me mostra paredões inexpugnáveis
Não consigo retirar o que quer que seja de lugar algum
Quando o mal percorre minhas veias como um fantasma que vem para o jantar.

Estou feito de nada quando assim me encontro
Como um resto de comida fria no final de um dia qualquer
Meus membros rijos estão prestes a verter o que não mais resta de mim
Longe de minhas entranhas posso ver um espectro que definha.

As horas consomem este meu espírito atormentado
E sombras gigantescas me arrastam para a inquietude de luzes que desmaiam
Abro portas e janelas como se decididamente não mais fosse
Nem sequer um tanto de algo derramado no chão hostil.

EM - POEMAS ESCUROS - JOÃO AYRES - ARMAZÉM DE QUINQUILHARIAS E UTOPIAS

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