Desnudam-se os pés
Das azáfamas luzentes.
Alas de fogo e de conforto
Que os aquecem,
Numa cor doce de mel e desvelo,
Mesmo que a neve lá fora
Dilacere as peugadas
de quem carrega a fome
nas pernas de farrapos indolentes
e horas cansadas
que, todos os dias, sonham alcançar
a porta de outro destino.
Outras tantas mãos cheias, rutilantes
de corrupios de risos
E diáfanas farturas
Alheias ao rigor das vidas,
Vão apagando dos dias
o brilho,
vincando a austera ausência
da partilha.
EM -
LUGARES E PALAVRAS DE NATAL -
ANTOLOGIA -
LUGAR DA PALAVRA
A essência do tema é histórico, actual e será vindouro.
ResponderEliminarA forma como foi desenvolvido, neste poema é genial. Belo Poema. Parabéns.