Eu bem sei que te chamam 
pequenina
E ténue como o véu solto na dança,
Que és no juízo apenas a 
criança,
Pouco mais, nos vestidos, que a
 menina...
Que és o regato de água mansa e fina,
A folhinha do til que se balança,
O peito que em correndo logo cansa,
A fronte que ao sofrer logo se inclina...
Mas, filha, lá nos montes onde andei,
Tanto me enchi de angústia e de receio
Ouvindo do infinito os fundos ecos,
Que não quero imperar nem já ser rei
Senão tendo meus reinos em teu seio
E súbditos, criança, em teus bonecos!
EM - SONETOS - ANTERO DE QUENTAL - 
ULMEIRO
 
desconheço este soneto de Antero de Quental,a contento fiquei siderada, é de uma doçura implacável. De pequena gente está o mundo cheio e nem por isso deixa de pular e avançar... Agradeço.
ResponderEliminar