O meu coração desce,
um balão apagado.
          Melhor fôra que ardesse
     nas trevas incendiado.
     Na bruma fastidienta...
como á cova um caixão.
          Porque antes não rebenta
     rubro, n'uma explosão?
     Que apego inda o sustem?
atono, miserando.
          Que o esmagasse o trem
     de um comboio arquejando.
     O inane, vil despojo.
Ó alma egoísta e fraca...
          Trouxesse-o o mar de rojo.
     Levasse-o na ressaca.
EM - CLEPSYDRA - CAMILO PESSANHA - 
RELÓGIO D'ÁGUA
 
Tanta negatividade que este poema transmite, nem admira, pelo autor. Mas nada me afecta, por me encontrar bem com a Vida.
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