Vê como floresce
pontualmente
a magnólia
adivinhando na minha sede
a urgência da cor.
Respiro
a seda rósea das suas pétalas
e é de ti que me embriago
desfio o vento nos dedos
para tecer à pressa
primaveras.
E passeio nelas 
de mão dada
com a tua sombra
até que a magnólia
perca a derradeira pétala
no frio escuro do chão
lembrando-me 
que ainda é Inverno.
EM - NO ESPANTO DAS MÃOS O VERBO - 
LÍDIA BORGES - 
LUA DE MARFIM
 
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